sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Tu, Tower



Estou sentado e recomeço a andar.
As folhas estão lá fora, eu no quintal ao por do sol,
Você vem até aqui e colhe um fruto pra me dar,
Não sei qual a distância entre a terra e o paraíso,
Estou aqui e você lá.

A magia natalina não é suficiente,
E não me deixes ir embora...
E não me deixes farrear,
Estou tão normal, eu admiro a diferença para ser estranho.

E o toque dos sinos,
A sua pele tem um raro perfume,
Estive procurando vida em todos os lugares, no jornal,
Mas nos seus olhos mora Deus,
Vejo o seu andar como um desfile matinal.

Não me olhes assim, sei que sou um fiasco.
Digite o seu piano como um concerto,
Governe a cidade como um bem feitor para me entregar abraços,
O sol está caindo, e também o meu coração.

E nada pode mudar,
Estou realmente envolvido, és os meus pontos cardeais.
Na prisão do inesperado,
Esperando reações de volta para dias normais.

E me incentiva,
E não me deixa dormir,
E penso não ser mútuo,
Ou que me falta descobrir.

Eu quero a sua feiura,
E também sua canção.
Eu já não sei se estou vivo,
E quebro o meu coração.

Já me prometeste proteção, como espírito que canta aos meus ouvidos,
Ó grito inerte que a morte produziu em mim casmurro, tu és:
A fome e sede que tenho por teus beijos febris...
Zápete que me falha, e vai tudo por um triz. Amo-te, então torre não te quebras...
E oro a Deus por ti, que a mim gorjeia...


Victor Elric


 Glossário:

Zápete: Quatro de paus no jogo do truque.
Casmurro: Obstinado, insistente.
Gorjeia: Que produz melodia.